quinta-feira, 21 de junho de 2012

Lógica

Porque eu tive
que nascer filho da lógica ?
Que quase sempre não é exata
Comigo e com você



quarta-feira, 20 de junho de 2012

Mais um pedaço de algo...

Sopra pros lados o cabelo loiro
Vento frio de inverno sobre o cacheado
Leva até o sol que brilha refletido
Nos lábios que sorriem

Numa das mãos um livro
Noutra lápis coloridos
No curso certo do encanto e desejo
Pinta sua alma


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Pra começar...

Viajar de carona é assim
Destino incerto
Sempre são imprevisíveis
Esses cometas

Em cada lugar que nos deixam
Deselegantes pessoas
Surpreendentes almas
O brilho dos olhos


terça-feira, 12 de junho de 2012

Pensando longe

Do último cometa laçado
Os planetas estranhos
As pessoas estranhas
Todos tinham uma música

Estranhos os sons:
Mesma nota que sorria
Levava a melancolia
E carregava-me

E cada vez mais longe de casa
Me sinto encontrado e perto
No sorriso que eu não conheço
De alguém que escrevi aqui

domingo, 10 de junho de 2012

Poesia com versos perdidos

Ás vezes as coisas começam assim: com um louco parado na chuva esperando alguém que nem existe passar; ou quem sabe um fotógrafo esperando a cena ideal; podia ser só um bêbado aos delírios mas eu estava sóbrio.
O que fazer da espera quando se faz a espera um passatempo ? E o louco, fotógrafo e bêbado esperava pelo Sol.
Procurou em vão em meio a multidão e chegando em casa... apenas escreveu como se tudo tivesse sido um sonho.

Dia nublado

Não escrevi nada... meus pensamentos estão tão nublados quanto o dia e meus sonhos entre praias tropicais e inverno russo. E quem nunca teve um dia assim? Saudade do meu livro de cabeceira.
Sob a trilha sonora de Los Hermanos...

"eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu nem sei quem sou"

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Visitas

Passei por muitos lugares antes desse
Não, não sou velho, apenas inquieto
De versos marcados caminhos
Texto nada discreto

Hoje eu queria escrever sobre hoje
Mas já estou no amanhã
Esperando visita ilustre
Que a Lua me revelou

Fiquei imaginando como ela é
Além do papel e charme
Feliz, depois de algum tempo
Minha criança acordou

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Frio...

Saudade
(Pablo Neruda)

Saudade é solidão acompanhada, 
é quando o amor ainda não foi embora, 
mas o amado já... 

Saudade é amar um passado que ainda não passou, 
é recusar um presente que nos machuca, 
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais... 

Saudade é o inferno dos que perderam, 
é a dor dos que ficaram para trás, 
é o gosto de morte na boca dos que continuam... 

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: 
aquela que nunca amou. 

E esse é o maior dos sofrimentos: 
não ter por quem sentir saudades, 
passar pela vida e não viver. 

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

É...

Não foi hoje que eu escrevi e nem toquei nas folhas mas não foi falta de tempo. Minha alma não sabia o que queria dizer. Então com o friozinho dando as caras... fica uma música que todo mundo conhece... letra completa e vídeo aqui.


Ramilonga
Autor: Vitor Ramil

Chove na tarde fria de Porto Alegre
Trago sozinho o verde do chimarrão
Olho o cotidiano, sei que vou embora
Nunca mais, nunca mais

Chega em ondas a música da cidade
Também eu me transformo numa canção
Ares de milonga vão e me carregam
Por aí, por aí
...

domingo, 3 de junho de 2012

Inspiração, cadê você ?

Acho que fiquei tão surpreso no sábado que minha inspiração me deu tchau e até agora não voltou. Já fiz lances livres de muitas folhas, as quais tentei escrever algo novo. Acho que cheguei perto quando fui dormir mas daí a preguiça foi mais forte.
Vou esperar que o sol deste domingo mude esse espaço com excesso de ideias.
Fica um poema...


Canção do dia de sempre (Mario Quintana)

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Descrevendo

Vem como a brisa
Tarde gélida de inverno
Por onde atravessa

Tonalidades de cinza
As mesmas do terno
Fotografia pálida